sexta-feira, 26 de julho de 2013

Oi gente!





Um mês se passou desde que cheguei em África! E acredite, há muito sobre tudo o que se pode imaginar em contos que quero lhe contar. 
Das viagens nos chapas (meio de transporte coletivo), das visitas a Igrejas e cultos que tenho participado, da equipe de trabalho, das belezas naturais que tanto me encantam, da moeda que ainda me deixa confusa - Quanto é esse valor em Real ou Dollar? - dos dialetos, da alegria permanente nos rostinho das crianças, da força da mulher moçambicana, das tradições religiosas, da família, das festas de casamentos, aniversários, dos velórios, das magias, feitiçarias e encantamentos, da culinária, das visitas aos orfanatos, dos sonhos das pessoas que aqui estão para contribuir com a reconstrução social do país, da falta de água (um mês tomando banho de caneca), da poeira como segunda pele, do friiiiio, da instabilidade política, do começo do fim da vaidade, das novas amizades, dos projetos sociais e dos possíveis impedimentos, do ritmo de trabalho do povo e da sua moçambicanidade, da herança dos colonizadores, do Acampanasce, das canções em dialetos cuja composição se limita a duas frases que são repetidas por várias vezes e que falam ao meu coração e tomam por inteiro a minh'alma! 

Status: em busca de uma rotina que me proporcione um tempo para lhe contar mais sobre o dia-a-dia em Moçambique! 
Até breve.

Abraço demorado. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Porque quando o nosso amor não é o suficiente, o Dele foi. O Dele É.




Bete tem 72 anos e morava na cidade do Dondo quando foi levada e abandonada pela família nas ruas da Cidade da Beira. Ela pesa pouco, está enfraquecida. Aparentemente batalha contra  a SIDA/HIV e tuberculose e contra todas as complicações que vem com os dois. 
Ao ver Bete, lembrei dos lares de idosos onde fui voluntária no Brasil e de como era penoso conviver com o abandono e maus tratos aos idosos e de como isso afetava as minhas emoções. Também senti uma enorme saudade do meu amado pai/avô (in memoriam) e de tudo o que vivi e aprendi com ele no tempo em que era sua cuidadora.

Em Moçambique há muitos idosos abandonados. O Senhor colocou no coração de um casal de amigos missionários da Missão da qual faço parte, um profundo amor por eles e o desejo de cuidar como se cuida de um pai ou de uma mãe em sua velhice. Eles já possuem um terreno aqui em Moçambique para a construção de um lar de idosos. Peço ao Pai cuidadoso que lhes envie os recursos necessários para este projeto e que muitos idosos como em situação de risco e abandono sejam acolhidos por eles. 

Naquele encontro com Bete, me veio a mente a historia da mulher que estava sofrendo com uma hemorragia  havia doze anos, ela veio por trás Dele na multidão e tocou na borda do seu manto. Ela disse para si mesma: ''Se eu apenas tocar o Seu manto, ficarei curada.'' Entretanto, Jesus virou-se e a surpreendeu: ''Coragem filha, a tua fé te curou''. E aquela mulher foi curada a partir daquele momento. (Mt 9. 20-22).

Hoje, eu sou a mulher cujo o coração deseja ver Bete tocando nas vestes de Cristo. E que eu também tenha essa ousadia e que juntas possamos buscá-lo e conhecê-lo. ''SE EU APENAS TOCAR O SEU MANTO...''
E você sabe o que é mais surpreendente? Ele não está fora de alcance! Se eu abrir meu coração e meus braços, eu percebo que Ele está bem aqui, em todo o tempo e abrindo o caminho. As doces palavras de Isaías 6, inundam a minha mente: ''E a aba do Seu manto encheu o templo.'' Seu manto é grande, o suficiente para mim e para você, hoje e amanhã. Suficiente para encher e suficiente para transbordar.

Abraço demorado!